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Símbolo do empoderamento feminino, o chapéu acompanhou a lenta emancipação das mulheres nas primeiras décadas do século XX.

As modistas de chapéus seguiram o gosto, a classe e o poder das mulheres que preferiam ter um modelo exclusivo, original ou ousado. Integraram os movimentos artísticos emergentes e criaram símbolos de modernidade.

Em Portugal, autodidatas criativas, alunas das chapelleries parisienses ou aprendizes dos cursos da nova política de Educação do Estado Novo, as modistas de chapéus acompanharam a história da vida social e política do país.

A partir dos seus ateliers instalados nos meios citadinos, onde se concentrava a maior parte da sua clientela, vestiram ícones, vedetas e mulheres da socialite, criando tendências na moda, mesmo se copiadas dos salões parisienses ou das telas do cinema.

Seguiam a ocasião e a personalidade das suas clientes, num país profundamente conservador, onde a maioria das mulheres cobria a cabeça com lenço.

Contar a história desta profissão revelou-se um desafio apaixonante, que encontrou portas por abrir e vidas de muitas mulheres por contar, no tempo de um país onde as suas vozes se ouviam no recato das suas casas ou dos seus ateliers.

Esta exposição surge no âmbito da renovação do protocolo de depósito no total de 613 chapéus do acervo do Museu Nacional do Traje, que o Museu da Chapelaria tem à sua guarda desde 2008.

Ilustram um período áureo do seu uso na moda feminina e o seu abandono, por ser considerado um símbolo retrógrado e associado à burguesia conservadora, contrário aos ventos de mudança e de liberdade dos anos sessenta.

Patente no Museu da Chapelaria de 1 abril até 05 de novembro de 2023.
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